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TERRA POUCA E FAMÍLIA GRANDE

  • Foto do escritor: Maria Dilone Ficagna
    Maria Dilone Ficagna
  • 18 de dez. de 2018
  • 2 min de leitura


Dileta Ficagna Formighieri


Em 2010 quando iniciei as pesquisas genealógicas entrevistei aqui em Toledo a minha tia Dileta, irmã de meu pai Eterio Ficagna. Ambos filhos de Antonio e Adele Ficagna. Antonio, sétimo filho do Angelo e Maria – tronco 1.

Transcrevo abaixo o que ela relatou. Tinha na época oitenta e poucos anos, miúda, cabecinha branca, muito amorosa e trabalhadeira. Sua memória era afiada e lembrava muita coisa.

Meus avós Angelo e e Maria Formenton vieram da Italia com os 7 filhos homens. Fixaram-se próximo ao Rio das Antas, num lugar chamado Linha Marfisa. Eram agricultores e aí acabaram de criar seus filhos. Meu pai Antonio casou-se com Adele Zotis. Vieram morar mais perto da cidade de Bento Gonçalves, em terra própria, também era agricultor. Outra profissão do Antonio Ficagna era de barbeiro qual exercia no sábado quando ia para o povoado de Maragata. Aí nasceram seu primeiros 6 filhos Etério, Candida, Teles pro, Clementina, Osório e Dileta. Depois se mudaram para Nova Prata onde comprou outra terra. Aí nasceram Pedro, Nilo, Alfredo e Demétrio. Moraram também nos povoados de Lageadinho e depois em Montebérico ou São Valentin em Passo Fundo, onde nasceu Divino, um temporão que chegou quando vó Adele tinha 52 anos.

Os filhos foram crescendo, a terra era pouca, e meu pai se preocupava então com o encaminhamento profissional de cada um. Foram encaminhados para aprender uma profissão. O filho mais velho Etério foi aprender a profissão de alfaiate e o segundo a profissão de sapateiro. A Cândida voltou a Bento Gonçalves aprender a profissão de costureira com uma tia e a Clementina aprendeu bordados e outros trabalhos manuais. Eu, Dileta tinha mais vocação para ajudar os pobres, fazer assistência social. Até pensei em ser freira, só não fui porque as irmãs mais velhas já tinham casado e eu precisava ajudar a mãe a cuidar dos irmãos.

A família de Antonio Ficagna era muito religiosa, rezavam o terço toda noite e aprenderam desde cedo cultivar os valores cristãos.


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